terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Grandes craques do futebol amador: Rogério Cabeça, o grande capitão.



   Rogério Karls nasceu em Santa Cruz, é um dos mais novos entre os nove irmãos da família Karls, duas mulheres e sete homens. Uma característica familiar chama a atenção e, também, explica o sucesso que Rogério teve nos gramados: todos os sete irmãos jogaram futebol.
  No entanto, o craque da família sempre foi Rogério, que generosamente ganhou o apelido de "Cabeça", coisa que ninguém escapa quando se aventura no mundo do futebol....
  Rogério Cabeça foi um daqueles craques que enriqueceram a história do nosso futebol amador, aliás, não só do amador, como do futebol da cidade de Santa Cruz do Sul, pois, antes de pisar nos gramados do interior, Rogério fez história vestindo a camisa do FC Santa Cruz,  EC Avenida, Caxias e de outros clubes profissionais.
  Rogério Cabeça é "apenas" o maior artilheiro da história do Avenida, com quase cem gols marcados. É, também, um dos goleadores do clássico Ave-cruz, partida em que sempre foi o grande destaque.
  Dos tempos de Caxias, Rogério faz questão de mostrar aos amigos uma foto com um ex-companheiro de time: Tite, técnico multi-campeão pelo Corinthians.
  No futebol amador, Rogério Cabeça fez história disputando quatro finais seguidas do campeonato municipal de Santa Cruz (1992/1993/1994/1995), todas como capitão. Venceu três: em 1992 com o Rio Pardinho, em 1993 com o Irmãos Coragem e, em 1995 com o Castro Alves.
  Além desses títulos, Rogério Cabeça ainda ganhou mais dois municipais, 3 citadinos e inúmeros campeonatos em Vale do Sol, Candelária, Sinimbu, Monte Alverne e Vera Cruz.
  Quanto ao time do coração no futebol amador, Rogério destaca dois em especial: o Castro Alves e o Flamengo do Arroio Grande.
  Rogério Cabeça fez parte de grandes esquadrões do futebol santa-cruzense; Irmãos Coragem, Castro Alves, Flamengo, Sinimbu, etc., no entanto, o melhor time em que jogou foi o extinto São José, da rua São José, em Santa Cruz: Mauro, Cabo, Xereco, Chicão e Zé; Ito, Carlos Nopes e Rogério; Laia, Dumoio e Xairão. Um timaço que jogou "o fino" do futebol nos anos 70, segundo o próprio Rogério.
  Alguns ex-companheiros foram unânimes em relatar que Rogério Cabeça foi o grande capitão com o qual tiveram a oportunidade de jogar. " O Cabeça era um cara impressionante. Tinha uma técnica e uma habilidade incomum e, além disso, sabia comandar o time. Jogava tranquilo enquanto o jogo pegava fogo", resume um ex-parceiro de time.
  Características que fizeram de Rogério Cabeça um dos maiores craques que já pisaram nos gramados do futebol amador....
   E, também, o fizeram entrar para a história do futebol de Santa Cruz do Sul.


Boa Vista campeão municipal em 1988: o início da supremacia.



   Criado numa parceria entre a Gazeta Grupo de Comunicações e a extinta Liga Santa-cruzense de Futebol, o Campeonato Municipal de Santa Cruz do Sul tinha como objetivo integrar os diversos campeonatos organizados pela Liga Santa-cruzense.
  O primeiro jogo da história do Campeonato Municipal foi entre São João, de Sinimbu e Rio Pardinho, com vitória da equipe de Sinimbu por 2x0, gols de Elvis e Airton.
  Ao longo dos anos o campeonato tomou corpo e cresceu, revelando grandes jogadores e ótimas equipes que foram deixando sua marca, conforme nosso blog faz questão de relembrar.
  E, desde a primeira edição, uma equipe fez de tudo para, merecidamente, deixar seu nome na história do maior campeonato amador de nossa região: E.C. Boa Vista.
   Essa trajetória de conquistas marcantes iniciou exatamente no ano de 1988, quando a equipe verde e branca ganhou o primeiro dos seus seis títulos no certame.
  Assim, nosso blog apresenta um registro histórico daquele grande time do Boa Vista, primeiro campeão municipal de futebol, no ano de 1988.
  Naquele ano, a final foi contra outra grande equipe; Formosa, de Linha Formosa, que jogou o jogo decisivo com a seguinte formação: Inho, Gilmar (Duda), Jorge Wilgues, Beto (Fernando) e Vandi; Ito, Júlio e Arceli; Castelo (Gerson), Jorge Beltran e Lipi.
  Após uma vitória por 2x0 no primeiro jogo em Boa Vista, a equipe do Boa Vista treinada por Bodega conquistou o título com uma vitória por 1x0, gol de Guido, no estádio Orlando Oscar Baumhardt.
  O time campeão jogou com Clayton, Sarará (Gilmar), Preta, João Luis e Amarildo; Adair, Guido e Euclides; Antônio ( Roni), Glênio e Alvin ( Lotário).
  Era o início da supremacia verde e branca no Campeonato Municipal....

São José, tetracampeão de Monte Alverne em 1997.


   Um registro do timaço do São José, que em 1997 conquistou de forma invicta o tetracampeonato do de Monte Alverne (1994/1995/1996/1997).
  Na final, vitória por 2x0 em cima do Juventude, que também tinha uma grande equipe treinada por Berti Metz: Airton,Vandro (Jauri), Jair, Oli e Cristiano; Enar, Piá e Toco; Zé, Nilson e Vilson (Gilberto).
  O time do zequinha, treinado por Eroni Zappe, venceu a finalíssima com a seguinte escalação: Vilson Mahl, Jairo, Nati, Clóvis e Ica; Neu, Egídio e Donário; Jean (Fio), Róbson e Clonir.

Flamengo campeão Citadino em 1996: o fim de um longo jejum.


   O título de campeão Citadino em 1996 ficou com um dos clubes mais tradicionais de Santa Cruz do Sul: o Flamengo do Arroio Grande.
  No entanto, engana-se quem acha que o rubro-negro dominava o futebol da cidade naqueles tempos.   Na verdade, a equipe vinha de um incômodo jejum de 13 anos sem o título da cidade ( aliviado, em parte, pelo título municipal de 1990, quando jogou como vice-campeão citadino de 1989).
  Mas, no ano de 1996 o Flamengo montou um dos melhores times de sua história.
 Com o aval do então presidente Carlão, o saudoso técnico Clóvis "Caboja" Garcia , técnico campeão municipal pelo Castro Alves no ano anterior, foi buscar no ex-clube a base daquele timaço: o lateral Amarildo, o zagueiro Milico, os meias Quinho, Vini e Cléber, e o grande capitão Rogério Cabeça. Caboja ainda trouxe os experientes Ari Reuter, Élson e Marcos Rivelino para juntar-se aos "pratas da casa" e montar um dos times mais técnicos que o rubro-negro já teve.
   Na final, um show de bom futebol sobre o Industrial, que contava com uma equipe bem armada pelo técnico Franscisco Lemes da Silva; João, Volnei, Édson, Leco e Márcio (Luciano); Júlio (Paulo), Lando , Nilson e João Airton (Carlos); Betinho (Luis Carlos) e Adilson.
   Placar da final: Flamengo 5x1 Industrial.
  O Flamengo foi campeão com o seguinte time: Hilário, Pingo, Sílvio, Ari Reuter e Amarildo; Rogério Cabeça, Vini (Élson), Quinho e Marcos Rivelino; Clóvis (Cléber) e Valdecir (Toninho). 
   Por ironia, aquele título marcou o fim de um jejum de 13 anos e iniciou outro que permanece até os dias de hoje; desde o ano de 1996 a equipe principal do Flamengo não conquista um título da cidade.....